segunda-feira, 4 de setembro de 2023

COMO SERIA O GOVERNO COM UMA VITÓRIA DO PSDB EM 2014?

Olha, parece que a vitória do playboy tá se avizinhando. O jogo é duro e ainda não acabou, mas é isso que tá parecendo. As pesquisas estão dando grande margem de vantagem para o Aécio. É pelo menos razoável conceber o q virá se se confirmar a vitória do playboy sobre a tia. Primeiro precisamos limpar uma névoa que sempre cai numa situação dessas: o governo do PSDB fará uma mudança radical nos rumos sociais que o PT no poder ajudou a construir? NÃO. O PT não é um partido socialista de esquerda e o PSDB não é um partido liberal de direita. Ambos são sociais democratas. Ambos acreditam no mercado regulado e na intervenção do estado em políticas compensatórias e ações anticíclicas. É verdade que o PT tem mais apetite e autoridade para intervir no mercado e implantar programas sociais em escala. Mas é verdade também que ambos os partidos adotam visões estratégicas que requerem e de modo ampliado, a participação de parcerias público-privados, as concessões, os investimentos, a produção e a gestão privada de bens e serviços públicos. E nesse caso é o PSDB que surge como o melhor protagonista, o mais confiável ao mercado. E assim vamos. Não vamos, num eventual governo do PSDB, para um outro rumo, completamente diferente. Certamente, as conquistas sociais dos governos PT não podem e não devem ser desfeitas pelo retorno do seu irmão socialdemocrata ao poder. No momento, eu vejo que todas as discussões que uma economia estagnada e com inflação alta traz, todas as discussões fiscais, de taxa de investimento, de taxa de juros ou de financiamento público e isenções fiscais a empresas e setores da economia são secundarizados por uma prioridade popular: a preservação da recuperação do salário mínimo. Que a economia se reequilibre, com os níveis mínimos de renda do trabalho preservados, mantida a sua trajetória de recuperação e não, como os economistas no poder adoram fazer, façam o reequilíbrio da economia repousar sobre o achatamento salarial. Essa é, para mim a bandeira econômica central no que ainda resta dessa campanha presidencial. Temos que conseguir comprometer ambos os candidatos com a preservação da política de recuperação do salário mínimo. Seja como for, com esse comprometimento dos candidatos ou não, somente a mobilização popular poderá garantir a continuidade dos ganhos sociais, pois atingimos um patamar de redistribuição da renda social no Brasil que incomoda as elites do país e que só pode avançar com a quebra de privilégios e abusos, isso é, com confronto social.

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