terça-feira, 13 de dezembro de 2016

ELES SÃO PSICOPATAS

A PEC do teto dos gastos é uma senha, um sinal, uma sinalização, de que a partir de agora o governo está autorizado a fazer cortes drásticos nos gastos com os serviços públicos utilizados pela população.
É perversa, é criminosa, é inconstitucional, mas é apenas uma sinalização. E é por isso que ela vai ser aprovada. É a primeira grande entrega do golpe.
É uma sinalização... Sua concretização só virá em seguida, com as reformas da previdência e dos diversos serviços públicos.
Os bandidos e psicopatas, os inimigos do povo, que estão no poder no legislativo, no executivo, no judiciário e na mídia estão dando agora o sinal, como que te informando, que vão te roubar em seguida.
Vão roubar os recursos da sua previdência e dos serviços públicos que milhões de cidadãos utilizam.
Pergunte para si mesmo, pergunte para os seus amigos, pergunte para os políticos que vc conhece: por que não começar cortando as mordomias e os privilégios? Pq não cortar antes nas suas gorduras do que no osso do povo?
Por um simples motivo, porque eles são parasitas, psicopatas e bandidos que estão no poder associados para tomar do povo e proteger os privilegiados, os corruptos e o mercado financeiro.
E os idiotas manipulados por eles e por tecnocratas também sem qualquer sensibilidade ou apreço pela dignidade humana, verdadeiros vermes travestidos de experts, vão repetIr um milhão de vezes que tá tudo certo, é isso mesmo, que a vida do trabalhador brasileiro vai melhorar quando ele tiver que pagar por todos os serviços de que precisa, com escolas privadas, assistência médica privada, previdência privada, estradas privadas, saneamento privado, coleta de lixo privada, etc etc etc... E querem fazer isso justamente quando estamos em recessão, com queda da renda do trabalho. São ou não são psicopatas?

terça-feira, 22 de novembro de 2016

Avalie e conversamos...

Vc mora num país onde uma quadrilha reconhecida e comprovada está no poder com o claro desígnio de assaltar a economia popular, de roubar os recursos já miseráveis dos serviços e investimentos públicos necessários à população e da previdência das camadas populares. Para tranquilizar o mercado financeiro e proteger os interesses de privilegiados e corruptos.
Você está num país onde o saneamento básico ainda não atingiu metade da população. Onde os rios estão sendo todos destruídos. Onde se assassinam 60 mil pessoas por ano, Sendo mais da metade jovens e desses mais de 80% negros. Grande parte, a maioria, sob a justificativa singela de que eram traficantes. Somos o país que mais mata índios, ecologistas, ativistas sociais, gays e trans no mundo.
Temos a justiça mais cara, mais lenta e mais elitista do mundo.
Temos o parlamento mais corrupto do mundo...
E então vc vem me perguntar pelo problema do colega q quer o seu diploma, ou daquele que tem que chegar ao médico ou ao avião?
E o que não tem casa nem esgoto? E os que vão ficar sem acesso à universidade? E os que estão nas filas para receber um tto médico e não receberão? E os que vão ter que aguentar uma doutrina religiosa/militar dominando o ensino do país? E os que estão sendo assassinados agora, por essa ideologia de violência e opressão?
Como te falei são conflitos de interesses e tem hora q não há como se furtar a escolher um dos lados. E ao escolher esse lado vc estará, necessariamente ferindo os interesses e direitos do outro lado. não se esqueça disso, nunca.
E vale a pena ter princípios firmes, mais firmes que as circunstâncias em alguns pontos básicos. Um deles é: nunca endossar, apoiar ou praticar violência física a não ser para impedir violência física injusta, contra pessoas inocentes e incapazes de se defender.
Acho q é isso, é um bom princípio... avalie e conversamos...

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

a equação fiscal e econômica no Brasil hoje

a equação certa é:
economizar com gastos supérfluos, desnecessários e injustos, como os ganhos abusivos e mordomias de parlamentares, juízes e seus serviçais, entre outros privilegiados. +
obter mais recursos ao acabar com as isenções fiscais para empresas e igrejas e grupos privilegiados, com frequencia corruptos e membros das redes de corrupção dos políticos. + 
Obter mais recursos e baixar os preços ao inverter a estrutura tributária brasileira, passando a tributar mais a alta renda, o lucro e a herança do que o consumo. =
conseguir o equilíbrio fiscal

baixar a inflação =
juros mais baixos
+
fazer auditoria da dívida e parar de pagar gastos de corruptos com esquemas de corrupção nos quais os financiadores estavam envolvidos. Entende?
=
reduzir o estoque da dívida
melhorar o equilíbrio fiscal
=
juros mais baixos
+
forte investimento em educação popular =
aumento do crédito e do investimento =
desenvolvimento, melhora social e equilíbrio fiscal.

Mas os que estão no poder optaram querem tentar fazer o equilíbrio fiscal roubando dos recursos para os serviços públicos e programas sociais. 
são psicopatas que se alegram com o sofrimento alheio, são trapaceiros, ladrões, enganadores e bandidos de toda sorte.

Sobre cotas

As pessoas são contra mecanismos de compensação e promoção social como cotas e outros frequentemente pq seguem um raciocínio ético linear, simplista, ingênuo e injusto. Eles pensam que apenas o mérito pode ser critério de qq escolha social. A primeira impressão é que isto é justo, é a essência mesma da ética. Cada um deve ter a retribuição, os recursos, o espaço e o poder, enfim, numa sociedade conforme o seu mérito. Mas esse princípio omite as diferentes condições em que cada um pode chegar a qq disputa social, de modo que aquilo que parecia justo agora mostra-se como grande injustiça. As condições para a disputa são muito desiguais.
Demonstrado o erro do argumento ético, partem para uma argumentação de tipo econômico. E aí tb são lineares, simplistas e equivocados. Pensam que promovendo pessoas menos capacitadas às posições sociais de maior poder e responsabilidade, estaremos levando nossa produtividade para baixo. Eles ignoram o poder de recuperação que as pessoas têm quando devidamente apoiadas. E ignoram o quanto de perda social é resultante da negação de acesso a educação, por exemplo, para grupos sociais excluídos. 
Enfim, eles ignoram a realidade mas se prendem à sua ideologia moral e econômica.
E por quê fazem isso? A ignorância, a perversão e a maldade elitistas e o racismo são explicações para isso.

Dialogando com os amarelos: o golpe formal e golpe material.

O juiz de primeira instancia Sergio Moro e a TV Globo, na hora chave, no momento decisivo da campanha pelo impitima, não hesitaram em agir fora da lei. 
Agiram fora da lei. No momento decisivo da campanha.
Foi golpe parlamentar apoiado nessa forte camp
anha jurídico-midiática que não hesitou em agir fora da lei no momento decisivo.
Logo, fodam-se OAB, STF e usamarelo em geral! Foi golpe!
Agora se vc quiser dizer que não foi golpe, também funciona, não é?O parlamento (mais corrupto do mundo) votou, a justiça (mais cara, mais lenta e mais injusta do mundo) endossou. Tá valendo.
Isso pra mim é irrelevante até. Pq derrubar Dilma e dar uma surra eleitoral no PT, botar o lula na cadeia até... q q eu tenho com isso.
Agora, velho, prender só eles? kkkk e os 300 bandidos do parlamento e o governo de ladrões, o presidente e todos os seus ministros bandidos? Isso é farsa não é justiça e será cobrado de vcs, amarelos.
Agora, roubar os recursos dos serviços públicos, a previdência e os salários dos mais pobres, pra garantir os juros, a corrupção e os privilégios? Isso sim é o golpe, real, material, o golpe que importa, o assalto às condições de vida do povo para garantir as dos privilegiados. Esse tem que ser barrado, revertido. Temos que conseguir sair dessa justo ao contrário, com mais recursos e melhores serviços para as pessoas que trabalham, para as crianças se formarem bem, para os idosos e doentes terem proteção e cuidado que precisam.
Roubar mais de quem menos tem pra garantir juros, pra manter corruptos e privilegiados. Esse é o golpe que não podemos deixar passar.

domingo, 6 de novembro de 2016

O Governo Golpista Está Enganando o Mercado Golpista?

De acordo com a narrativa do mercado golpista o governo Dilma foi derrubado pela sua completa incapacidade em controlar o crescimento do déficit público e inspirar confiança no mercado.
Sejam quais forem as outras razões para o golpe, essa é, certamente, a central.
Não é, portanto, à toa que o processo do impítima foi centrado em supostos crimes fiscais do governo Dilma. Essa foi realmente a motivação maior do golpe, para grande parte dos seus articuladores.
Também não é à toa que a primeira entrega de grande impacto do governo golpista seria justamente o projeto de reequilíbrio das contas públicas. A PEC do limite dos gastos. A PEC 241 na câmara, agora PEC 55, no senado.
Mas aí é que aparece a questão do título. Tudo no governo golpista tende a ser farsa. O combate à corrupção nas mãos de grandes bandidos, de experientes ladrões e criminosos de todos os tipos é a mais evidente delas, não é? Mas, em algo assim, digamos, muito mais sério para o mercado, que envolve a possibilidade de redução da inflação, queda dos juros, retomada do investimento, do crescimento econômico e do emprego, será que ainda aqui o golpe não é também uma farsa? 
A PEC é uma monstruosidade, condenando o estado brasileiro a congelar os seus gastos no, baixíssimo, nível atual, por 20 anos. Essa medida draconiana, psicopática, acaba com o sentido básico da Constituição de 1988, eliminando os compromissos e as responsabilidades sociais do Estado, em troca do limite absoluto ou teto, dos gastos e investimentos públicos no país. 
Ela seria, portanto, a garantia de equilíbrio fiscal que o mercado almeja. E por isso, na medida e que sua aprovação é dada como certa no senado como foi na câmara, o mercado reage com melhora das expectativas, o otimismo dos empresários cresce e a economia reage, o que seria visível já no crescimento da bolsa e na queda relativa do dólar.
Mas o que a PEC faz de fato, durante o governo golpista? Nada. Ao contrário de se impor limites rigorosos e cortes no seu gasto, o governo golpista já tinha pedido e obtido um aumento para o seu limite dos gastos, um aumento do déficit público. E foi por isso que ele pôde dar aumento a categorias especiais do funcionalismo público, aumentar os gastos com a publicidade e a mídia, renegociar dívidas de estados e até aumentar alguns gastos sociais de transferência direta de renda (com o aumento no bolsa família e agora com o cartão de construção). Certamente um governo Dilma não conseguiria realizar esses aumentos de gastos (essas medidas populistas, como gostam de falar frequentemente os inimigos do povo). Eles sofreriam grande reação do mercado e até popular e seriam barrados pelo congresso.
Ou seja, o governo golpista, com autorização do congresso golpista, gasta mais, no que quer e como quer, mas promete ao mercado a grande contenção de gastos no futuro, para os governos e parlamentos futuros, através da PEC 55. E o mercado acredita.
Essa é a narrativa que querem nos contar atualmente. Essa é a interpretação que a mídia golpista dá para os sinais de mercado atuais. Isso é o que os economistas golpistas querem nos incutem na cabeça todos os dias.
Mas tá estranho não tá? O "mercado" não é tão ingênuo assim para se sentir seguro e entregar-se ao investimento e à produção, crédulo que agora temos a seriedade e a responsabilidade na condução dos gastos públicos. Não é razoável supor que o governo golpista e o congresso golpista tenham de fato o mínimo compromisso com a responsabilidade fiscal e nem muito menos que governos e congressos futuros aceitem o freio imposto pela PEC. Ao contrário, é mais do que certo que, crescendo a economia e a arrecadação tributária, o governo encontrará jeitos de gastar mais com a autorização do congresso.
Como então a mídia golpista e os economistas golpistas repetem, sem parar, que a PEC do limite dos gastos é fundamental para restituir a credibilidade e a confiança ao mercado e que os sinais positivos já se mostram com a aparente certeza da sua aprovação?
Taí algo interessante de se avaliar.
Antes de considerar isso, quero agradecer ao amigo Vinícius, a indicação do caráter de farsa da PEC 55. Ele não pode ser desprezado.
Se é assim, então, não existem sinais positivos do mercado? Sim, eles existem, mas não têm necessariamente nada a ver com a possível aprovação da PEC assassina. Não, a inflação já mostrara sinais de controle (com as fortíssimas medidas recessivas, de restrição fiscal e aumento de juros, do governo Dilma) e a bolsa e até a indústria já mostravam sinais de crescimento antes mesmo do impítima. Sim, já tínhamos batido no fundo do poço e começávamos a recuperação que se segue normalmente a cada ciclo recessivo. A saída do governo Dilma teve, por si só, o efeito da retirada de um bode da sala, o mercado, digamos assim, respirou aliviado e alguns investimentos e projetos contidos por motivos políticos puderam ser retomados. É essa a condição que nós estamos. E esses são os sinais que podem ser percebidos atualmente na economia, no mercado. Mas, apenas isso. Não é preciso fazer recurso a nenhuma fé, nenhuma segurança, nenhuma confiança excepcional e ingênua do mercado em uma promessa de engajamento dos governos e congressos futuros no equilíbrio fiscal.
Então, em primeiro lugar, o que há é apenas a continuidade da batalha ideológica midiática aberta, que se instaurou no país. Um dos centros dessa batalha é, claramente, a questão dos gastos públicos, do tamanho e funções do estado, por um lado, e dos direitos sociais e do padrão de dignidade e qualidade de vida para a população brasileira, do outro.
A ideologia que está sendo vencedora, com a campanha do impítima, propõe que o mercado seja o instrumento regulador social fundamental. E que, portanto, direitos sociais e responsabilidades públicas têm que ser eliminados e restringidos para que a economia possa reabsorvê-los futuramente através da compra e venda de serviços e bens (como educação, saúde, saneamento, estradas, moradias, transporte etc) pelo mercado. Não importa para esse raciocínio o quão ruim já estão hoje esses serviços e recursos no país, especialmente para grandes massas da população de baixa renda. Não importa, portanto, o quanto as condições de vida e de dignidade dessas populações já estejam rebaixadas, aviltadas. Não, nada disso importa para o pensamento liberal ortodoxo e irresponsável que tomou conta da mídia e do imaginário brasileiros na onda do golpe. A sua fé doutrinária e o seu viés elitista e antipopular fazem com que os seus propagadores sejam insensíveis à piora dos serviços e recursos públicos para os mais pobres quando a sua renda já está comprometida. São insensíveis ao que isso levará em termos de perda de qualidade de vida e dignidade para as massas populares.
E, se é assim e assim é, a PEC 241 / 55 é mais um instrumento ideológico que prático, econômico-financeiro. Pois, nesse aspecto ela não é mais que uma promessa futura pouco confiável. Ela tem, certamente, é uma grande importância no debate político e ideológico presente e certamente é um trunfo para o governo, o mercado e a mídia golpistas tentem emplacar as medidas econômicas mais concretas de defesa dos interesses dos golpistas: como a reforma da previdência, a reforma trabalhista e a revisão da política de recuperação do salário mínimo.
Essas são medidas concretas e diretas que, se impostas como estão sendo anunciadas pelo governo golpista, levarão a perdas econômicas significativas para as populações trabalhadoras do país.
Inversamente, a batalha ideológica em torno da espetacular PEC 55 serve também para afastar do debate e do cenário político a necessidade de se atacar razões estruturais do endividamento e do mau uso dos recursos públicos no país. A estrutura tributária injusta, regressiva, que penaliza o trabalhador e o pobre em geral e beneficia os ricos e grupos privilegiados. Os gastos imorais e abusivos com políticos e categorias funcionais privilegiadas. Os incentivos e as isenções fiscais criminosos que governo federal e estados continuam fazendo, minando as finanças públicas, frequentemente a troco de financiamento ilegal de partidos e campanhas e de pagamento de propinas aos políticos. A ligação de grande parte do endividamento público com esquemas de corrupção de todos os governos de todos os partidos. Todos esses problemas reais, que afetam realmente o equilíbrio fiscal e impedem a possibilidade de uso dos recursos públicos de acordo com os interesses populares, tudo isso, de fato, pode ser esquecido, some, não aparece no debate público, enquanto ele é ocupado pela farsa da PEC do fim do mundo.
Mas as farsas têm seu limite na realidade e o tempo se incumbe de mostra-los. Os golpistas, o governo, o parlamento, a mídia, os economistas, enfim, o movimento golpista, em pouco tempo terão que se haver com a realidade sem ter mais os fantasmas de Dilma e do PT para atribuírem todas as responsabilidades. E aí, curiosamente, o feitiço pode se virar contra o feiticeiro. Eles poderão ser obrigados a entregar muito mais do que pretendiam, tanto no combate à corrupção, quanto na estrutura de financiamento e de gastos públicos no país. A resistência popular democrática é o componente, o ingrediente, que pode força-los a isso.
Se contrapor à onda ideológica midiática que domina o Brasil e fazer, sustentar, estimular, apoiar, promover e manter a resistência popular democrática, através de ocupações ou de qualquer outro meio, é, portanto, agora, o mais importante para todo cidadão comprometido com uma perspectiva civilizatória no nosso país.

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

A irresponsabilidade do movimento golpista é grande demais

Prestatenção

O movimento golpista começou com o bloqueio ao governo Dilma no auge de uma crise econômica de grandes proporções. O movimento golpista ainda fez pautas bomba para ampliar as dificuldades financeiras do governo, do estado, do país. E o movimento golpista prosseguiu pondo ladrões, bandidos organizados em grupos criminosos, no poder, sob a alegação de proteger a nação de ladrões e bandidos organizados em grupos criminosos. E, para arrematar, o movimento golpista deu carta branca para o bando de bandidos elevados ao governo poderem gastar a vontade, enquanto deliberam para congelar os gastos futuros e obrigar o povo pobre a pagar toda a conta.

A conta disso é alta demais.

Parece que ela só vai se fechar com uma ditadura. Ou com uma nova resistência popular transformadora.

Abre o olho Brasil!

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Em primeiro lugar, a lava a jato e o juizeco de Curitiba que se fodam-se.

Em primeiro lugar, a lava a jato e o juizeco de Curitiba que se fodam-se. Mas eu sou a favor que a bandidagem no poder seja toda devidamente apeada, investigada, condenada e justamente punida. Perda dos $$$. Perda do poder, principalmente.
Um bandido como o Aécio Neves, por exemplo, ou esse Gilmar Mendes, ou qualquer membro da família Marinho, ou Saad, ou Civita. São conhecidos membros de gangs, com larga história criminal, envolvendo vários tipos de delitos graves. Esses caras jamais poderiam ter o poder que têm, eles têm que ser investigados e punidos. Mas é difícil demais fazer isso contra as pessoas no poder. Parece que para acontecer algo assim ou se faz uma revolução ou é preciso o uso de recursos judiciais extraordinários.
Parece que a justiça precisa, para isso, usar recursos que vão ao limite da ilegalidade, do abuso de poder e da tirania. Como são, por exemplo, o princípio do domínio do fato e as prisões preventivas, ou o uso sistemático e copioso da mídia, de prisões temporárias e conduções coercitivas.
Eu entendo que isso seja assim e entendo também o risco disso. Então, quando um gangster como o Gilmar Mendes, vem defender que tá na hora de por freios na lava a jato, é claro que ele encontra argumentos razoáveis nos riscos que o uso indevido desses instrumentos traz para a justiça e a democracia. Então também tinham alguma razão os petistas quando bradavam contra os excessos do mensalão ou da lava a jato.
Mas eu fui a favor do uso do princípio do domínio do tato na época do mensalão. Fui contra a sua aplicação parcial. Porque, obviamente, se alguém seria o centro decisório para onde convergiam as investigações do mensalão, esse alguém não seria, apenas, o Zé Dirceu.
Agora, no caso da vaza a jato, eu não gostei do uso dela para o impítima. Ela foi o elemento decisivo. Foi a lava a jato que propiciou o combustível para a campanha do impitima. Chegando até o ato decisivo, o ato ilegal, insurrecional, golpista, da divulgação de áudio da presidente da república sem autorização do STF. Sem a vaza a jato o golpe não estaria acontecendo.
Por outro lado, tenho muito receio das prisões preventivas, é claro. As prisões brasileiras estão lotadas de pobres, sem acesso a justiça, presos preventivamente, sem julgamento, sem a devida defesa. Mas é um instrumento legal e pode ser razoável o seu uso em algumas circunstâncias, sendo o poder do acusado um fator a ser pesado. Quanto mais poderoso, quanto mais $$ e poder político, maior a razão de ser da prisão temporária. 
Mas você sabe e eu sei que aqui no BR é justo o contrário o que acontece. A vaza a jato é uma exceção que a partir de agora já estará sendo devidamente lacrada pelos poderosos de sempre. Eles atiçaram os cachorros contra o PT e agora já começam a por as focinheiras na matilha, pois o serviço já tá quase completo e não querem que os seus animais mordam os próprios donos e convidados, não é?
Mas será que vão conseguir? será que a parcialidade absoluta de tudo isso não ficará escancarada demais? É algo que veremos, eu torço que não consigam, que proliferem as ações judiciais que peguem políticos, empresários, juízes, militares e outros poderosos bandidos, como é o caso daqueles do governo, o presidente golpista e bandido Michel Temer e seu ministério de ratos, aqueles da cúpula do PSDB, os do judiciário, com o Gilmar Mendes na cabeça, aqueles do DEM, Caiado e ACMs, como é o caso também do João Leite ou do Khalyl aqui em BH etc. etc.
Veremos...

domingo, 16 de outubro de 2016

Até quando vamos depender da abnegação dos professores para educar as futuras gerações?


Como disse o Mujica, é totalmente incompreensível que um político ganhe mais do que um professor de escola pública..
Mas a solução para o governo dos inimigos do povo é tirar mais recursos da educação pública, justamente agora que muitas famílias estão com dificuldade para pagar escolas privadas e uma parte está retornando para a pública. Aumentando a demanda e a pressão sobre os professores e toda a estrutura das escolas.
Sempre que se fala qualquer coisa social ou política atualmente vem logo um sujeito a dizer, mas o PT também não fez nada ou muito pouco nessa área. e outro a dizer, mas o PT fez mais do que todos os outros governos anteriores.
Em primeiro lugar, foda-se o PT. E pra que não me julguem errado. Foda-se antes o PSDB, o DEM, o PMDB, sobretudo. E fora Temer já.
O que o fez ou deixou de fazer o PT não é e não pode ser o parâmetro do certo ou do errado, do bom ou do mau em política pública no BR.
Em segundo lugar, pra julgar se fez muito ou pouco tem que levar em conta q a base de comparação, o ponto de partida, era muito baixo.
Dar acesso a graduação, ao ensino superior, para um número muito maior de jovens, isso foi algo que de fato aconteceu nos governos do PT. Tanto em escolas públicas quanto privadas com custeio ou financiamento público.
Mas até onde isso nos levou? Ao último lugar entre os países emergentes em termos de % de graduados, percentual de formados no ensino superior. Em último entre os emergentes e muito abaixo dos países da OCDE (países mais industrializados, mais desenvolvidos).
E qual a solução para isso que o governo dos inimigos do povo propõe? Congelar os gastos públicos por 20 anos. Cortar os financiamentos e custeio das vagas em faculdades privadas e fechar vagas e sucatear as públicas.
Aí o amarelo de carteirinha, aquele que saiu nas ruas de camisa da seleção e posta memes antipetistas na internet, já com o discurso ensaiado, vai dizer que temos que priorizar a educação primária, a base.
E tá serto, do jeito todo errado dos amarelos, isso tá certo. Temos que expandir em muito as vagas e a qualidade no ensino superior do país, estamos muito atrás de todos os países emergentes e desenvolvidos nessa área, mas temos que fazer um esforço gigantesco de qualificação do ensino básico no país, sobretudo.
E aí qual a resposta do governo dos inimigos do povo? O amarelo não sabe, porque não tem.
A resposta é o limite de gastos. A resposta é a falta de recursos. A resposta será mais sucateamento da escola e mais desvalorização do salário do professor. Escolas que já estão sucateadas e salários que já são desvalorizados em relação a outras profissões. E nem se compare aos políticos, pois vão achar que a gente é doido.
Mas não, isso não é loucura não. Isso é um plano razoável para mim. O salário, os benefícios e os recursos disponíveis aos políticos no exercício da sua função e em sua aposentadoria devem ser os mesmos do professor de ensino básico do país.
Isso enquanto tivermos que aturar políticos.
E quando esses ratos gordos engravatados, esfregando suas mãos de batedores de carteira, vierem te dizer que não tem jeito, que não tem recurso, que não dá para investir mais em educação, e que agora tem que cortar na aposentadoria, que a renda do povo tem que ser comprimida, porque o governo não tem como pagar, pergunta pra eles primeiro pelo deles, como é que o governo faz para pagar os supersalários e benefícios de políticos e outros privilegiados? E pergunta também por que no Brasil os rendimentos de capital (os lucros e os juros dos ricos) são menos tributados que nos outros países enquanto, ao contrário, aqui são os pobres e a classe média que pagam alto em tudo que consomem?
http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Educacao/Educacao-superior-em-Lula-x-FHC-a-prova-dos-numeros/13/16291
http://www.brasil.gov.br/educacao/2014/09/ensino-superior-registra-mais-de-7-3-milhoes-de-estudantes
http://educacao.uol.com.br/noticias/2011/04/21/pesquisa-sobre-populacao-com-diploma-universitario-deixa-o-brasil-em-ultimo-lugar-entre-os-emergentes.htm


http://www.ebc.com.br/educacao/2015/01/entenda-o-piso-salarial-nacional-do-magisterio

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

NENHUM DIREITO A MENOS. FIM DOS PRIVILÉGIOS PRIMEIRO!

Estou identificando que os defensores dos interesses dos privilegiados têm argumentos de três tipos.

Um é a defesa do privilégio como direito.
Essa linha une direita e esquerda conservadoras e corporativas. Defende-se facilmente o privilégio da sua corporação como se fosse direito.
Essa é a linha dos legalistas garantistas também. Grande parte, se não a maioria deles, na esquerda. Estes começam pela defesa dos direitos universais e, com base neles, vão à advocacia dos direitos e recursos especiais dos privilegiados.
Esse tipo de argumentação corporativa e legalista é, nos dias atuais, pouco atraente e certamente perde em qualquer disputa ideológica aberta. E o raciocínio que sustenta essa posição é realmente pobre. Em síntese, é a defesa de que se está na lei ou se a lei permite, então é direito do cidadão se aproveitar disso, mesmo se não for justo, mesmo se for imoral.
Mas. Se um juiz tem o privilégio de receber bolsa educação de milhares de reais para custear a escola cara do seu filho, quando vamos cortar os recursos para as escolas e universidades sucateadas da massa da população brasileira. Se o desembargador quando está envolvido em crime (e são muitos os casos assim), quando vem a ser julgado e condenado (o que é mto raro mesmo), recebe como pena a aposentadoria com salário integral, Se tem funcionário público estadual e federal ganhando mais de 100 mil reais por mês, quando os governos estão tendo que cortar no osso. Está claro que nada disso é direito, ainda que esteja na lei.

Mas o segundo tipo de argumento é mais enganoso, é mais dissimulado e por isso também deve ser mais eficiente, nas condições atuais de farsa e enganação contra os interesses populares. É o argumento da direita que se faz de mais liberal, aquela que quer ser a porta-voz do mercado na política e, portanto, contra os privilégios e as benesses do estado. Esses, que são a ideologia mais vitoriosa no golpe do impitima, são radicalmente contra os privilégios em princípio, mas defendem as medidas do governo Temer. Querem primeiro estabelecer o limite de gastos ao estado em geral e deixar para depois a questão de como os recursos minguados serão gastos. Querem fazer primeiro a reforma para economizar na pobre previdência do trabalhador brasileiro, aumentando o tempo de trabalho e cortando nas aposentadorias. E vão deixar para depois a reforma das previdências especiais. Eles te explicam assim: primeiro vamos tirar de todos e depois vamos atacar os privilégios.
Não cai nessa não cidadão, isso é o golpe, é o 171.
Querem que você aceite sacrifícios agora para pagar a conta do desequilíbrio fiscal e acredite que amanhã, quando faltarem recursos para todo mundo, aí vamos conseguir priorizar os gastos necessários para a sociedade e por fim a privilégios.
Abre o olho cidadão. Esse é o golpe, esse é o 171.
Basta uma pergunta é simples. Por quê não começar cortando os privilégios, por quê não começar cortando nas gorduras e não no osso? Por quê não tirar de quem tá ganhando indevidamente ao invés de impor mais sacrifícios àqueles que realmente necessitam de serviços e recursos públicos?
Aí entra o terceiro argumento em favor dos privilegiados. Esse eu comentei ontem: é dizer que os privilegiados são poucos, os recursos gastos em privilégios não fazem diferença para o equilíbrio orçamentário e fiscal do país.
Mentira, quem defende isso defende que tem que cortar mesmo nos recursos para a assistência à saúde, para a educação, para as aposentadorias, para a infraestrutura e o investimento, para o saneamento, para as moradias, para a transferência de renda, enfim, que tem que cortar em todas as funções do estado de interesse popular, porque não adianta apenas acabar com os privilégios.
Mas isso também é farsa, também é enganação.
O fato é que existem recursos públicos desviados para privilégios bem suficientes para cobrir o rombo.
Existem recursos de isenções fiscais e outras desonerações, que representam muitas centenas de bilhões de dólares. Existem dezenas de previdências especiais, a começar com a dos políticos, a mais absurda de todas. Toda essa farra paga com os nossos impostos. E são aí mais várias dezenas ou centenas de bilhões.
Temos o legislativo e o judiciário mais caros e de mais baixo retorno social do mundo, cheios de privilégios, de direitos e recursos especiais. Idem.
Os recursos estão aí e até mesmo uma parte dos defensores do governo dos inimigos do povo reconhecem isso.
http://spotniks.com/8-perguntas-que-voce-precisa-saber-responder-antes-de-sair-por-ai-falando-da-pec-dos-gastos/
A questão com a PEC 241, a reforma previdenciária e outra medidas do governo dos inimigos do povo, portanto, cidadão, não é de falta de recursos e corte generalizado, é tirar dos que têm pouco para garantir o daqueles que já têm muito.
Abre o olho e defende o seu, porque é o que os poderosos estão fazendo com toda a força que têm.

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Nenhum direito a menos. Fim dos privilégios.


Acabei de ouvir que os gastos com privilégios de políticos não têm impacto no orçamento público.
Então dei uma olhada nos dados. E encontrei isso:
Uma câmara de deputados federais e um senado, 27 assembléias legislativas e 5.564 câmaras de vereadores. Custo total: mais de R$ 20 bilhões por ano! O equivalente ao orçamento anual do programa Bolsa Família (R$ 22,1 bilhões), que beneficia 13,9 milhões de famílias. (dados de 2013).
Isso no que se refere aos gastos com o legislativo, fora os custos das campanhas e corrupção.
Quando se fala em combater privilégios, os privilegiados e seus defensores sempre poderão vir com o argumento que, na verdade, o privilégio atinge poucas pessoas e por isso faz pouca diferença para o orçamento público e para a sociedade.
É mais uma farsa, mais uma enganação.

São muitos privilégios, muitas maneiras de tomar da sociedade para dar a privilegiados. Somados, seus valores são seguramente maiores do que o déficit fiscal anual do país.
São os gastos (caixa 1 e caixa 2) com as máquinas de partidos e as campanhas eleitorais.
São os supersalários e bolsas privilégio para juízes e outras categorias funcionais privilegiadas. E o país com falta, com carência tremenda de juízes, ou pelo menos de acesso, de celeridade e de decência na justiça.. Ao contrário, a lógica da dominação é manter um judiciário elitizado, com direitos e recursos muito fora da realidade do povo brasileiro. Um judiciário completamente dissociado do povo do país.
Há também a isenção fiscal para grupos privilegiados. Existe estimativa de que mais de 65% do que os ricos ganham é isento de tributação no Brasil. Igrejas são isentas. Grupos corporativos têm sido privilegiados com isenções fiscais.
Enfim. Há recurso para o reequilíbrio das contas públicas. Sem a imposição do corte dos recursos e serviços utilizados pela população trabalhadora e pobre do país.
Isso é claro. Mas o que não há é a convicção, não há consenso político para mexer com tantos privilegiados.
Os privilegiados vão continuar defendendo os seus privilégios como direitos. Mas, quem sabe não tá na hora de aprendermos a separar essas coisas, heim?
A PEC 241 ACABA COM A CONSTITUIÇÃO. PELA CONSTITUINTE INDEPENDENTE.
Tudo no governo Temer tem um aspecto de farsa evidente, que incomoda, dói na gente.
Primeiro, na dimensão ética ou moral, que toca a todos imediatamente, são bandidos governando em nome da lei e da ordem. Envolvidos nas mesmas operações e esquemas pelos quais os outros estão sendo condenados.
Estamos agora diante dessa pec 241, dos limites dos gastos, que é vendida como se fosse a única forma de se limitar gastos públicos e como se seus parâmetros estivessem sendo cientificamente calculados por honestos economistas responsáveis e interessados generosamente na economia nacional.
É mais farsa, atrás de farsa.
De cara o governo Temer, que foi eleito pelo impitima com o discurso da austeridade, está fora dos limites. É isso mesmo, querido, o governo Temer tem recebido repetidas licenças para gastar do congresso que o elegeu. Sim, e tem gastado. Com os próprios congressistas, com a mídia, com as categorias mais bem pagas do funcionalismo, com o judiciário e suas bolsas privilégio e supersalários, por exemplo. E, também, mantendo toda a máquina do estado intacta e funcionante.
É transferida para os próximos governo a responsabilidade de começar o desmonte para caber no limite de gastos imposto pela PEC.
Mas é farsa também porque é claro que isso é uma jogada de marketing para injetar credibilidade no mercado, digamos assim. Se a economia crescer e a inflação ficar baixa (que é exatamente o que se projeta para os próximos anos) os governos e parlamentares sentirão o inevitável desejo de gastar mais e o farão. E com certeza haverá brechas para isso, O movimento pela auditoria da dívida já denuncia a possibilidade de uso de  “empresas estatais não dependentes” que operam esquema fraudulento de transferência de recursos. Mas isso é coisa para a frente. Por hora apenas se sinaliza para o mercado que os juros serão pagos de qualquer modo. Se limita, com a PEC 241, todos os gastos, menos o serviço da dívida. Ou seja, se sinaliza o inverso da Constituição de 1988, que definia uma limitação máxima para os juros e a responsabilidade do Estado com mínimos materiais e financeiros para os objetos da proteção social (a saúde, a educação, as condições de vida e trabalho)
Que os limites dos juros nunca tenham sido cumpridos e que os direitos materiais e sociais da constituição nunca tenham sido entregues como desejado, mostra alguns dos erros de uma constituiçao idealista e prolixa.
Pois bem, mas agora o fato é esse: A PEC 241 praticamente acaba com a Constituição de 1988.
Mas não é assim que se deve acabar com uma Constituição. Assim é golpe. Assim é farsa.
Estão invertendo por completo a lógica da Constituição sem que ninguém tenha considerado esse fato. A Sociedade não elaborou um mílímetro acerca disso. Sob o impacto da crise econômica e do impitima, o golpe prossegue com o desmonte da Constituição e a perda de direitos e recursos sociais. Em nome da esperança em um Mercado redentor. Como se assim se fosse prescindir do Estado e como se os gastos e investimentos públicos não fossem necessários para a vida social no país, Não, o Mercado, o desenvolvimento do Mercado não prescinde da necessidade do Estado, ao contrário, a demanda. O que se trata no Brasil não é, obviamente, da extinção do Estado, mas do seu dimensionamento e direcionamento.
O golpe parlamentar que derrubou o governo petista trouxe para a cena a crise constitucional do país. Para mim parece mais claro agora que o  modelo político-social que a Constituição de 1988 desenhou realmente já se exauriu. Chegou ao limite de suas possibilidades.
É necessária uma reforma política, disso ninguém duvida. É necessária uma reforma fiscal, outro consenso. É necessária a reforma do Estado, está mais do que claro. E para mim isso também é verdade.
Precisamos de uma reforma que torne a política mais cidadã e mais barata, mais transparente e menos corrupta, mais aberta e participativa. E talvez o Brasil queira isso e possa avançar nisso. Mas os políticos, eleitos nesses esquemas atuais, certamente não vão querer.
Precisamos de uma reforma que torne a tributação promotora de desenvolvimento e justiça social. Temos que conseguir o financiamento dos serviços e investimentos públicos permitindo a dignidade da base da sociedade brasileira. Muitos privilégios tributários devem ser eliminados e, simultaneamente, a tributação que incide sobre a população de renda média e baixa deve ser reduzida. Mas os privilegiados serão contra.
Eu também sou a favor de se acabar com a Constituição de 1988 e se fazer outra para o Brasil atual. Mas a reforma da constituição pelo governo golpista é o golpe em andamento. Se se quer fazer a reforma da constituição de verdade, sem ser no golpe, no 171, o correto é chamar uma Constituinte. O correto é ter uma Constituinte independente, que não se comprometa completamente pelo sistema e os esquemas políticos atuais.
Mas, agora, não vejo quem pedirá uma Constituinte. Os que estão no poder estão satisfeitos em desfazer a constituição com um golpe. Os vermelhos, na atual conjuntura, temem não ter força alguma em uma Constituinte. A população parece aturdida, endossa o enredo que a mídia lhe dá e parece aceitar as perdas de direitos e recursos como inevitáveis e ainda as atribui, em grande parte, ao petismo.
Creio que a PEC 241 não será alvo de apelo popular. São muitas dúvidas e o estado de choque, digamos assim, com a crise e a campanha do impitima, não permitem nem considerar esse ponto. Agora, a questão da Previdência é diferente, aí já fala mais diretamente com os interesses dos trabalhadores. De todo modo a resistência deve ser permanente.
E entendo mesmo que encaminhar a crise atual para uma Constituinte independente seria a solução de maior maturidade social e política para o país. Mesmo que agora não seja possível, isso deve ser um horizonte próximo. Caso venha mesmo a ser aprovada a PEC 241 praticamente imporá a necessidade disso, se o país quiser ter algum ordenamento comum.