segunda-feira, 4 de setembro de 2023

6 pés e 60 gramas. Sobre a descriminalização do porte de maconha

6 pés e 60 gramas!!! é um mínimo, talvez, mas é bem positivo! De qualquer modo, uma decisão do STF de descriminalização da posse de pequenas quantidades de maconha para o uso pessoal, traz mais força para os argumentos pela legalização da erva e pode até ser que venha como parte de uma onda positiva na política sobre drogas aqui no nosso país. E se a legalização do cultivo de até 6 pés para uso pessoal vingar, o que eu, sinceramente, ainda duvido, vai ser um avanço bem legal mesmo. Já se tem uma percepção positiva em geral, é claro, entre os maconheiros, mesmo se ficar só no porte de 60 gramas já vai ser melhor do que tá hoje. Liberar 6 pés e 60 gramas de maconha, acaba com as chacinas? Não, a violência do sistema na guerra às drogas não é, de fato, contra as drogas, em quantidade alguma. As drogas fazem parte do sistema. O dinheiro das drogas está fortemente presente na corrupção das polícias, do judiciário, da política, das igrejas e das mídias. Tem dinheiro das drogas pra todo lado e todo dia morre muita gente nessa guerra estúpida. Infelizmente, eu não vejo em que a decisão do STF vai mudar esse cenário de modo significativo. Ao contrário, se não conseguirmos nem soltar os que já estão presos, injustamente, por essas pequenas quantidades, pode mesmo não ter ganho algum e resultar até em mais violência relacionada às drogas. Do mesmo modo que aconteceu com a própria lei de 2006. Vamos ter que ver como isso vai ser aplicado na prática, no dia a dia, pelas polícias e pelo judiciário. Mas, para se garantir realmente uma maior pacificação e a redução da violência extrema relacionada a drogas aqui no BR, a gente precisa de mudanças maiores, na lei e na cultura, com foco na proteção das vidas. Neste aspecto, repito sempre, o principal irresponsável é o setor de saúde. Não podemos esquecer nunca que toda a violência e as mortes em torno às drogas é justificada em nome de um falso risco, de uma falsa percepção de dano à saúde pública, uma visão de saúde pública distorcida, agigantada, dos riscos das drogas proibidas em face dos danos reais das drogas legais e até das prescritas e da própria guerra contra as drogas. 6 pés e 60 gramas!!! é um mínimo, talvez, mas é bem positivo! De qualquer modo, uma decisão do STF de descriminalização da posse de pequenas quantidades de maconha para o uso pessoal, traz mais força para os argumentos pela legalização da erva e pode até ser que venha como parte de uma onda positiva na política sobre drogas aqui no nosso país. E se a legalização do cultivo de até 6 pés para uso pessoal vingar, o que eu, sinceramente, ainda duvido, vai ser um avanço bem legal mesmo. Já se tem uma percepção positiva em geral, é claro, entre os maconheiros, mesmo se ficar só no porte de 60 gramas já vai ser melhor do que tá hoje. Associações e Conselhos de Medicina, entre outros e, sobretudo, a Anvisa, têm se posicionado de modo irresponsável, sendo parte relevante da sustentação de uma política assassina, sem base científica e sem racionalidade em termos de saúde pública. Não há razão médica alguma, sob qualquer prisma, em termos toxicológicos, de risco e de dependência, que possa justificar a legalidade das bebidas alcoólicas e do cigarro e, ao mesmo tempo, a ilegalidade da maconha, por exemplo. O fato é que os casos de dependência, os casos de adoecimento e as mortes por álcool e cigarro sobrepujam aqueles devidos à maconha em uma escala de dezenas de milhares de vezes. Muitos podem raciocinar que isto se deve ao fato que a maconha é menos utilizada por ser proibida e por isto causa menos dano à saúde pública do que as bebidas alcoólicas e o cigarro. O senso comum pode até pensar assim. Mas, não os profissionais de saúde pública. Nós sabemos que isto ocorre justamente porque os canabinoides são infinitamente menos tóxicos e causam menos dependência do que o álcool e a nicotina. A maior disseminação do uso de maconha, na medida em que compete com estas e outras drogas letais, inclusive medicamentos, leva a ganhos e não a perdas de saúde pública. A absurdidade do ponto de vista técnico é cada vez mais evidente e, a cada dia, o equívoco da proibição da maconha em uma sociedade que permite o livre uso de cigarros e bebidas alcoólicas é mais gritante. Os principais riscos apontados pelo uso da erva como droga social se mostram inconsistentes e sem comprovação científica. Um bom exemplo é o alegado risco de esquizofrenia. Nunca foi suficientemente comprovado e as pesquisas mais recentes indicam que não há realmente este risco. Ao contrário, a experiência clínica mostra que a maconha, que os canabinoides, podem ser um excelente recurso para o tratamento dos casos de esquizofrenia e também dos quadros psicóticos em outros distúrbios, como o autismo e a doença de Alzheimer, por exemplo. Associações e Conselhos de Medicina, entre outros e, sobretudo, a Anvisa, têm se posicionado de modo irresponsável, sendo parte relevante da sustentação de uma política assassina, sem base científica e sem racionalidade em termos de saúde pública. Não há razão médica alguma, sob qualquer prisma, em termos toxicológicos, de risco e de dependência, que possa justificar a legalidade das bebidas alcoólicas e do cigarro e, ao mesmo tempo, a ilegalidade da maconha, por exemplo. O fato é que os casos de dependência, os casos de adoecimento e as mortes por álcool e cigarro sobrepujam aqueles devidos à maconha em uma escala de dezenas de milhares de vezes. Muitos podem raciocinar que isto se deve ao fato que a maconha é menos utilizada por ser proibida e por isto causa menos dano à saúde pública do que as bebidas alcoólicas e o cigarro. O senso comum pode até pensar assim. Mas, não os profissionais de saúde pública. Nós sabemos que isto ocorre justamente porque os canabinoides são infinitamente menos tóxicos e causam menos dependência do que o álcool e a nicotina. A maior disseminação do uso de maconha, na medida em que compete com estas e outras drogas letais, inclusive medicamentos, leva a ganhos e não a perdas de saúde pública. A absurdidade do ponto de vista técnico é cada vez mais evidente e, a cada dia, o equívoco da proibição da maconha em uma sociedade que permite o livre uso de cigarros e bebidas alcoólicas é mais gritante. Os principais riscos apontados pelo uso da erva como droga social se mostram inconsistentes e sem comprovação científica. Um bom exemplo é o alegado risco de esquizofrenia. Nunca foi suficientemente comprovado e as pesquisas mais recentes indicam que não há realmente este risco. Ao contrário, a experiência clínica mostra que a maconha, que os canabinoides, podem ser um excelente recurso para o tratamento dos casos de esquizofrenia e também dos quadros psicóticos em outros distúrbios, como o autismo e a doença de Alzheimer, por exemplo.

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