Evolução
do Ìndice de Gini do Brasil
(mede
desigualdade social de renda – 0 seria a perfeita igualdade e 1 a
perfeita desigualdade)
Anos 80 – 90
= 0,59 – 0,64 > Níveis
extremamente elevados de desigualdade, com
extremos de pobreza e miséria, herdados da ditadura
militar. Caraterísticos de países pobres e
ditatoriais.
Início dos 2000
2001 0,593
2004 0,570
Período Atual
2012 0,505 –
0,526
2013 0,495 –
0,501> 0,500 = nível do pré 64, também após ciclo de redução
da desigualdade.
2014 0,490 – 0,497
2014 0,490 – 0,497
2015 0,485 –
0,491
Em setembro de 2014,
apesar da recessão e da inflação já darem as caras com firmeza, o
rendimento da classe mais pobre (os 10% mais pobres) subiu 4,1%,
aumento muito maior do que todas as outras classes. A renda média
nesse grupo atingiu 256 reais. A renda das classes mais ricas estava
praticamente estagnada ou já em queda.
Em 2015 a renda
média cai. Mas o índice de Gini continuou a diminuir.
Em 2016 veio o
impitima do governo petista. Período de novo aprofundamento da
recessão.
Ainda não temos os dados do ano, mas parece bem razoável apostar na continuidade de queda da renda média. Também é provável a estagnação ou já uma reversão da queda do índice de Gini, ou seja, aumento da desigualdade social, com aumento da pobreza, da miséria, da violência social, da guerra civil não declarada que vivemos no país.
Ainda não temos os dados do ano, mas parece bem razoável apostar na continuidade de queda da renda média. Também é provável a estagnação ou já uma reversão da queda do índice de Gini, ou seja, aumento da desigualdade social, com aumento da pobreza, da miséria, da violência social, da guerra civil não declarada que vivemos no país.
E parece bem
razoável também, apostar que essa é a tendência para os próximos
anos a se considerar as medidas do governo e do parlamento atuais.
Será o fim do ciclo
de queda da desigualdade social, com redução da pobreza e da
miséria no país, inciado no fim do segundo governo FHC.
Em resposta a esse
ciclo de socialdemocratização da sociedade brasileira e à
recessão, foi dado o golpe parlamentar no governo central e parece
ter se instituído um acordo social e político suficiente para, em
todos os campos, retirar recursos das classes mais pobres e perdoar
dívidas ou reduzir encargos dos detentores de capital e dos próprios
governos. Ou seja, transferir renda dos setores mais pobres da
sociedade para os empresários e para o estado. A aposta deles é que
isso vai resultar em novo ciclo de desenvolvimento econômico. Mas
isso pode resultar em novo ciclo de desenvolvimento voltado para o
mercado externo apenas, não é? Pois o mercado interno está e será
ainda mais restringido pela queda da renda na massa da população,
iniciada pela recessão e pela inflação e que será aprofundada com
as reformas que tomam renda justamente das classes média baixa e
baixa.
Vamos lembar que no
fim do ciclo anterior, veio a ditadura militar e gastamos 50 anos
para chegar novamente em um índice de Gini abaixo de 0,5. O que
ainda significa algo muito alto em termos de desigualdade e, para
um país com a renda média brasileira, representa ainda,
necessariamente, a presença de grandes contingentes populacionais
vivendo na pobreza extrema, na miséria e na marginalidade.
Minha melhor expectativa no presente é a continuidade e a progressão do conflito social intenso em que estamos.
Minha melhor expectativa no presente é a continuidade e a progressão do conflito social intenso em que estamos.