terça-feira, 11 de outubro de 2016

Nenhum direito a menos. Fim dos privilégios.


Acabei de ouvir que os gastos com privilégios de políticos não têm impacto no orçamento público.
Então dei uma olhada nos dados. E encontrei isso:
Uma câmara de deputados federais e um senado, 27 assembléias legislativas e 5.564 câmaras de vereadores. Custo total: mais de R$ 20 bilhões por ano! O equivalente ao orçamento anual do programa Bolsa Família (R$ 22,1 bilhões), que beneficia 13,9 milhões de famílias. (dados de 2013).
Isso no que se refere aos gastos com o legislativo, fora os custos das campanhas e corrupção.
Quando se fala em combater privilégios, os privilegiados e seus defensores sempre poderão vir com o argumento que, na verdade, o privilégio atinge poucas pessoas e por isso faz pouca diferença para o orçamento público e para a sociedade.
É mais uma farsa, mais uma enganação.

São muitos privilégios, muitas maneiras de tomar da sociedade para dar a privilegiados. Somados, seus valores são seguramente maiores do que o déficit fiscal anual do país.
São os gastos (caixa 1 e caixa 2) com as máquinas de partidos e as campanhas eleitorais.
São os supersalários e bolsas privilégio para juízes e outras categorias funcionais privilegiadas. E o país com falta, com carência tremenda de juízes, ou pelo menos de acesso, de celeridade e de decência na justiça.. Ao contrário, a lógica da dominação é manter um judiciário elitizado, com direitos e recursos muito fora da realidade do povo brasileiro. Um judiciário completamente dissociado do povo do país.
Há também a isenção fiscal para grupos privilegiados. Existe estimativa de que mais de 65% do que os ricos ganham é isento de tributação no Brasil. Igrejas são isentas. Grupos corporativos têm sido privilegiados com isenções fiscais.
Enfim. Há recurso para o reequilíbrio das contas públicas. Sem a imposição do corte dos recursos e serviços utilizados pela população trabalhadora e pobre do país.
Isso é claro. Mas o que não há é a convicção, não há consenso político para mexer com tantos privilegiados.
Os privilegiados vão continuar defendendo os seus privilégios como direitos. Mas, quem sabe não tá na hora de aprendermos a separar essas coisas, heim?

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