sexta-feira, 3 de março de 2017

Sobre a questão da liberação do porte de armas.

Por uma questão de princípio, eu defendo que, em uma sociedade de pessoas livres, ou nenhuma, nenhuma pessoa mesmo, pode ter armas, ou, todas devem poder ter.
Sob o aspecto que a questão é apresentada hoje em dia, como uma forma de reação à violência social no nosso país, não me parece que há segurança empírica de que a liberação do acesso ao porte de armas resulte em aumento da violência por armas. O exemplo da Suiça é sembre marcante nesse ponto e com razão, eu acho. Mas também não é razoável apostar no contrário. Parece que o resultado será indiferente para o nível de violência social no nosso país. Nós temos taxas absurdas de morte violenta, vivemos condições de uma guerra civil suja, não declarada, e isso não deverá ser alterado por alguma liberação do porte de armas no país.
Por outro lado, é verdade que Mariguella dizia que a primeira obrigação de cada cidadão deve ser aprender a atirar e portar a sua arma. Ele acreditava, talvez, que o povo em armas pode se defender dos abusos daqueles que têm o poder do dinheiro, da política, da justiça, da polícia e das forças armadas em suas mãos. Mas, é tão certo como o sol clarear o dia, que se for liberado o porte de armas no BR, vão dar um jeito de impedir que o povo trabalhador e pobre possa se armar. Eu também tenho a impressão que cada lavrador e lavradora, cada trabalhador e cada trabalhadora do país portando a sua arma, não haveria mais o tanto de roubo e humilhação que o povo pobre desse país sofre na mão dos poderosos.
O q vc acha?

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