sábado, 17 de abril de 2021

O APAGÃO EPIDEMIOLÓGICO DO BRASIL

 REVISITANDO A QUESTÃO DO CONTROLE DA COVID19

O APAGÃO EPIDEMIOLÓGICO DO BRASIL
Desde o início da epidemia eu me coloquei contra as medidas de isolamento generalizado, ou lockdowns, em todo um país, por tempo indeterminado, até a vacinação da população.
Nada me convencia de que esta estratégia estava correta, que seria efetiva e que teria mais benefícios do que danos. Algumas pessoas me execraram por isto.
Eu estimava que teríamos, em um ano de pandemia, algo como 80 mil mortes e algo como 50% destas seriam óbitos que ocorreriam de todo modo, por outras causas. Parece que estimei a gravidade da epidemia abaixo do que acabou se mostrando aqui no Brasil até agora. E que ainda continua, com gravidade evidente. Dramática, traumática, absurda. Para dizer o mínimo.
Eu me baseava nos dados inciais de populações como a da Korea do Sul, que mais tinham realizado testes. E eu me contrapunha à principal fonte da visão estratégica de que se devia impor o isolamento generalizado, para toda a população e em todo um país, até a vacinação, ou pelo menos a fonte mais divulgada pelos defensores desta ideia: o estudo, com modelos computacionais, da Imperial College of London. Nele se estimava um total perto de 1,5 milhão de óbitos no BR se não se fizesse este isolamento. Parece que a projeção deles estava, ao fim, realmente ainda mais errada do que a minha.
E logo eu notei uma falha muito grave, além de outras, neste tipo de estudo: a ausência da vigilância epidemiológica Em nenhum dos cenários analisados, se considerou quais seriam os efeitos da devida vigilância epidemiológica no controle da epidemia e redução da sua mortalidade.
Contudo, já àquela época, os dados de realidade mostravam que os países que realizavam rigorosa vigilância epidemiológica (testagem de sintomáticos / testagem em massa / rastreamento de contatos e isolamento de positivos) tinham resposta positiva no controle da epidemia.
Obviamente, a adoção de medidas de vigilância epidemiológica tem impacto negativo na sociedade muito menor do que o isolamento social e os lockdowns generalizados. Isso é certo sob os prismas de saúde e atendimento médico, psíquicos, socioculturais e ecônomicos em geral. Obviamente.
Mas essa medida fundamental, nuclear para o controle de epidemias em geral e neste caso também foi completamente negligenciada nos tais modelos computacionais e, em certos lugares, foi completamente negligenciada também pelas autoridades médico-sanitárias-científicas, assim como pelos influencers da área e pela mídia em geral. Infelizmente este é o nosso caso.
Claro que sabemos ainda pouco sobre características da transmissão e controle da virose e que persistem incógnitas muito grandes em sua distribuição e letalidade nas diversas populações mundo afora, como o controle quase absoluto sobre a epidemia que a China obteve logo após o surto inicial e o baixíssimo impacto na África em geral, até o momento.
Mas algo parece incontestável. Os países que apostaram na devida vigilância epidemiológica, os países que realizaram testagem em massa, tiveram um resultado melhor dos que negligenciaram forma relapsos ou simplesmente não realizaram estas atividades. Outra coisa que parece clara agora é que o uso sistemático e massivo da testagem, rastreamento e isolamento, assim como de outros recursos de vigilância, como controle de viajantes, tem bom resultado independente da estratégia de isolamento adotada. Já o contrário não parece ser sustentável e a verdade é que os isolamentos e lockdowns não funcionam ou funcionam muito mal sem a devida vigilância epidemiológica.
Agora que a epidemia está, novamente, em um pico no nosso país, que temos novas cepas mais agressivas, que as vacinas ainda vão tardar para a maioria, que estamos totalmente erráticos e sem qualquer critério consistente para abrir ou fechar as coisas na vida da sociedade, agora que estamos colhendo, por isso, os piores resultados na saúde e na economia, agora mais uma vez, eu continuo insistindo: a estratégia central para o controle da epidemia antes da vacinação em massa (e talvez mesmo depois) é a devida vigilância epidemiológica: testagem em massa, rastreamento e isolamento de positivos. E insisto ainda também, mais uma vez: o isolamento social generalizado por tempo indeterminado traz consequências piores do que a epidemia e, na realidade tende a falhar dramaticamente. Repito ainda também: a proposta de isolamento social generalizado por tempo indeterminado é irresponsável e sem a devida vigilância epidemiológica, é criminosa.
Parece tarde demais, no entanto, para corrigir estes rumos no BR. E certamente a politização do problema contribui muito para este drama monstruoso que estamos vivendo.
E, para que ninguém ache que estou passando pano para pilantras incompetentes e bandidos, preciso dar uma palavra final: a responsabilidade primeira e fundamental para agir em uma crise sanitária com esta é do governo federal, do ministério da saúde e da presidência da república. Assim como a responsabilidade para agir diante da crise econômica é também do governo federal, do ministério da economia e da presidência do país. E o conluio entre milicianos e liberais que tomou o poder é absurdamente incompetente e mal intencionado em todas as áreas. Nunca tivemos testagem em massa e ainda não temos vacina em massa, primeiro e antes que tudo, pelas opções e escolhas erradas e falsas do governo federal na área da saúde. Assim como temos a economia no buraco e a miséria crescendo no país devido às escolhas erradas e falsas do governo federal na economia.
E vou dizer mais uma coisa que sempre esteve na minha cabeça, gente como os Bolsonaro, bandidos milicianos, ligados às forças armadas no país, quando chegam ao poder não soltam fácil de jeito nenhum. É claro que Bolsonaro está, neste momento, mais uma vez, tramando e armando e ameaçando a sociedade com um golpe. Ele sempre fará isso. Inclusive porque se ele não persistir no poder, ele e seus filhos vão acabar na cadeia.
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